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Gauchão 2017 – Passo Fundo 2 x 2 Inter

Horroroso, sofrível, enervante. Não tenho adjetivos bons para qualificar as apresentações de 2017 do Inter. Nem as da pré-temporada. Zago, com suas concepções europeias, ainda não conseguiu montar um time minimamente organizado. Parecem 11 peladeiros que mal se conhecem. E, dizendo isto, não estou desqualificando todos os jogadores. Mas o conjunto não está funcionando.

A escalação inicial já estava errada. A incompreensível insistência da dupla de zaga, formada por Paulão e Ernando. Ah, mas espera… tinha uma novidade: estavam invertidos. Paulão à esquerda e Ernando à direita. TRÁGICO. Ainda acredito que o ponto crítico é Ernando. Além disso, contávamos com Carlinhos, Carlos, Seijas e a ausência de D’Alessandro. Sim, incluo venezuelano Seijas na lista de erros. Embora a torcida clame por seu nome sempre que não está em campo, quando entra, tem baixíssima efetividade. E no Vermelhão da Serra não foi diferente.

O time é uma completa bagunça. A saída de bola pela defesa ainda é um problema. A transição demora mais que a Ponte do Guaíba subindo e descendo. Não temos armação e o ataque é ineficiente. Observem, estou reclamando exatamente das mesmas coisas dos jogos anteriores. É um mistério o objeto de treino de Zago. Futebol não é.

O time foi tão mal a ponto de causar uma baixa no desempenho de Charles, que teve apresentações irrepreensíveis, mas sucumbiu à ruindade de seus companheiros. Sigo com fé nesse garoto, é diferente.

A primeira etapa foi toda do Passo Fundo, com direito a rodião seguidos de gritos de olé.

O segundo tempo começa com uma notícia digna de quebrar a televisão. A entrada de Roberson. Costumeiramente diria que esse jovem é mais inútil que bolso nas costas da camisa, mas ele serviu, ao menos, para cavar um pênalti. Penalidade essa convertida por quem parece ser o único centroavante de verdade na beira do rio. Brenner, voluntarioso, guerreiro, oportunista e batedor de pênalti. O mesmo Brenner que virou a partida. Ou seja, esse aí entra e mete bucha.

Por fim, outro que sempre muda o resultado quando entra no jogo (foi assim em 2016) não poderia estar ausente na patética tarde de domingo. Eduardo Henrique, essa pereba que assombra o time colorado, conseguiu o que parecia improvável: bateu o Danilão num cruzamento aos 48 minutos do segundo tempo.

Bola aérea na defesa do Inter é um tema que merece capítulo exclusivo, não cabendo nesse texto. É capaz de render uma dissertação de mestrado. Meu cachorro, Walmor, com 15 anos, cego, surdo e com problemas de articulação devido a um atropelamento por uma Kombi é capaz de cabecear no gol do pobre Danilo Fernandes.

FICHA TÉCNICA

Passo Fundo (2): Fernando Jr; Sosa (Anderson Paraíba), Rodolfo e Saimon; Maicon, Jessé (Giovanni), Possebon, Mikael e Xaro; Gênesis (Brandão) e Saldanha. Técnico Paulo Porto. Técnico: Paulo Porto

Internacional (2): Danilo Fernandes; Junio, Ernando, Paulão e Carlinhos; Anselmo (Roberson), Charles, Carlos (Diego), Seijas e Valdívia (Eduardo Henrique); Brenner. Técnico: Antônio Carlos Zago

Gols: Rodolfo, aos 11 minutos do primeiro tempo (P); Brenner, aos 2 minutos e aos 24 minutos do segundo tempo (I); Saimon, aos 48 minutos do segundo tempo (P)

Local: estádio Vermelhão da Serra, em Passo Fundo (RS)

Arbitragem: Jonathan Pinheiro, auxiliado por Alduino Mocelin e Michael Stanislau

Cartões amarelos: Maicon, Saldanha, Sosa (P); Anselmo, Junio, Carlinhos (I)

Cartões vermelhos: Xaro (P); Brenner (I)

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Os salvadores do Inter nesse começo de 2017, Brenner e Charles. Foto: Ricardo Duarte, Inter Divulgação

2 comentários em “Gauchão 2017 – Passo Fundo 2 x 2 Inter

  1. É gurizada, pra quem achava que o 2016 havia sido o fundo do poço, o inferno colorado; 2017 está apenas começando…

  2. É inaceitável continuar escalando a dupla Paulão/Ernando. Não há desculpas. Klaus e Néris não estão disponíveis, mas ainda há Eduardo e Léo Ortiz. Sim, Eduardo falhou no primeiro jogo do ano. Pelo visto, uma falha pontual (ou uma má atuação) é mais prejudicial ao clube do que um temporada inteira falhando e levando o time para a série B. Os critérios de escolha de jogadores continuam incoerentes e pior, muito suspeitas. A direção anterior não entendia nada de futebol, é fato. Mas a atual entende?

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